segunda-feira, 5 de março de 2012

Breve biografia do patrono da escola


História de Manoel Félix da Cruz

Manoel Félix da Cruz nasceu em 1838 em Tijuco, povoado localizado entre Palmeiras e Boninal.  Filho do Senhor Geraldo Félix da Cruz e de Dona Maria dos Anjos, era moreno de estatura média, calvo, cabelos e olhos castanhos e costumava usar uma barba comprida.
Contam os primeiros moradores da cidade de Iraquara que a origem do  surgimento da comunidade  está intimamente ligada à vida deste homem. Inicialmente Manoel Felix morava em Cana Brava e como os demais moradores da localidade faziam feira em Parnaíba, para isso utilizavam um caminho muito longo. Por volta de 1860 achou por bem abrir uma picada no meio do mato procurando uma forma de encurtar a distância a ser percorrida, orientando então um  grupo de amigos e empregados  para que  seguissem na direção da nascente do sol.
Neste caminho, deparou-se com uma baixada de terras muito férteis e de grande flora em que decidiu parar para explorar o lugar mais detalhadamente onde viu rastros de animais selvagens.  Seguiu-os e encontrou um poço de águas cristalinas e salobra, então atirou para cima para dar o sinal aos companheiros.   
O local ficou conhecido como “Poço de Manoel Félix”, em homenagem ao seu descobridor, que em seguida, fixou residência próximo ao poço onde passou a viver e a cultivar a terra.
Casou-se quatro vezes, teve uma prole numerosa, criou seus dez filhos usufruindo do suor de seu trabalho e tudo de bom que o solo fértil do local podia lhes proporcionar. Com o passar do tempo, o povoado foi crescendo e acolhendo  muitas famílias  atraídas pela  água e pela fertilidade  da terra.
Manoel Félix era um cidadão de bem, de boa conduta social, um homem de personalidade admirável. Calmo, não andava armado, apesar de ser costume naquela época, não tinha inimigos, nem possuía jagunços à sua disposição, pois não gostava de desmandos, era querido e gozava também de boas amizades em toda a região.
Naqueles tempos, a Chapada Diamantina era comandada por dois poderosos coronéis, Manoel Fabrício D’Oliveira e Horácio de Matos, ambos amigos íntimos de Manoel Félix,  que devido à sua  conduta  íntegra,  era  muito respeitado e considerado, dizem que em sua casa todos eram bem recebidos, coronéis e jagunços rivais sentavam-se à mesa  em clima de  cordialidade, tamanho era o respeito que este  homem emanava.
Desde aquela época já possuía uma visão futurista e via como certo o progresso do povoado, contribuindo imensamente para o crescimento da comunidade,  sendo que seu nome  hoje  é   lembrado, inclusive  é  homenageado em Escola e Rua,   motivo de orgulho para seus descendentes.
Manoel Félix morreu em março de 1920 após cair de um burro onde bateu com a cabeça em uma pedra na rua, quase em frente à casa de sua filha Ana Félix, atual  Rua Manoel Félix.  





Nenhum comentário:

Postar um comentário